Para fechar o ano temos a última quadratura Saturno/Urano relacionada com a estranha situação da economia mundial. Por que faltam contêineres, por que o preço do petróleo sobe mesmo que reservas estejam disponíveis, e os semicondutores? Tudo mal explicado, talvez se aclare com a quadratura. Marte fará conjunção com os cinco planetas lentos até o final de julho o que aumenta a temperatura astrológica.
O grande evento astrológico de 2022 será a conjunção de Júpiter e Netuno em Peixes em abril e rápida. Eis alguns temas esperados:
Religião — A última conjunção em Peixes ocorreu em 1856 e pouco depois a Virgem se manifestou em Lourdes na França, criando outro local de intensa peregrinação. Eventos psíquicos inesperados, alto grau emocional, engano e ilusão estarão em pauta.

Saúde — Este vírus corona é bem imprevisível e ainda vai dar trabalho. Mesmo em regiões da Europa onde a vacinação passou de 2/3 da população há recaídas e preocupações como na Bélgica, Holanda e Alemanha. Uma nova variante detectada na África do Sul causou mais temor e muitos países fecharam fronteiras até a situação clarear: qual a letalidade, as vacinas disponíveis são eficazes para a nova cepa? Algo já ficou claro na pandemia: é preciso vacinar a maior parte da população mundial e estamos longe disto.
Água — Enxurradas e secas estarão nas manchetes bem como a poluição de rios e oceanos. A questão do descarte do plástico também estará em evidência, pois é um produto netuniano como todos os derivados de petróleo. Da COP 26 restou uma certeza, óleo, gás e carvão ainda serão usados por um bom tempo mesmo sabendo que isto pode acarretar desastres climáticos com mortes, desalojados e destruição de imóveis.
Pobreza — A pandemia jogou milhões de pessoas na pobreza e na fome formando um caldo de cultura para protestos desorganizados e violentos. A filantropia declina com as empresas em retração e a classe média apertada.
Estes são temas genéricos, mas é preciso também olhar onde a conjunção cai no mapa dos países.
Em berço esplêndido
No Brasil cai na casa 2, a economia total, o PIB, o uso dos recursos disponíveis. As perspectivas não são das melhores, mesmo que a inflação ceda os preços dos alimentos, combustíveis e gás se acomodarão nas alturas atuais. Não há perspectiva para abrandar o desemprego e o dólar continuará alto com os malabarismos nas contas públicas. O Auxílio Brasil é indispensável para a reeleição do atual governo. A conjunção poderia ser benéfica, mas na atual situação pode resultar num desastre.

O ano será dominado pelas eleições que já estão em pleno curso, o que dá matéria para os jornalistas que se ocupam da política diariamente, mas só em maio teremos um quadro definido das candidaturas. O peso da economia será decisivo, a conjunção faz trino ao MC e está oposta ao Mercúrio Natal. Veja o mapa do Brasil. Da campanha e das eleições é possível afirmar com segurança que:
1 – Será uma campanha virulenta com acusações e agressões.
2 – A maioria do Congresso será composta pelo baixo clero que minimamente organizado pode infernizar qualquer presidente.
3 – O vencedor herdará um país em ruína com educação e saúde aos pandarecos, muitas instituições defasadas sem dinheiro e pessoal, contas públicas periclitantes e grande descontentamento popular.
Enquanto se discute a eleição, o Congresso aprova a PEC dos precatórios (um calote e uma bomba fiscal adiante), tramita uma lei de mineração devastadora, manda ao STF um jurista evangélico, ignora decisão do STF sobre as emendas do relator.
Mundo afora
EUA — Um ano decisivo com o primeiro retorno de Plutão e a conjunção Júpiter/Netuno estimulando a quadratura natal Marte/Netuno: veja o mapa dos EUA. As provocações militares à China e Rússia devem ganhar intensidade e a possibilidade de uma troca de tiros cresce a cada dia. A popularidade do governo se esvai com o repique da pandemia, com a alta da inflação, a crise dos imigrantes, os saques contra lojas etc. A conjunção cai na casa 11 e haverá eleições para o Congresso.
Rússia — A conjunção cai na casa 8 e em quadratura a Marte: veja o mapa da Rússia. O país está sendo provocado a partir da Ucrânia onde os ocidentais instalam armas modernas e de longo alcance e no Mar Negro com exercícios navais da NATO. Qualquer problema em território russo será respondido imediatamente e com força total, os europeus podem se ver envolvidos e não têm nenhuma possibilidade militar.
União Europeia — A conjunção cai também na casa 8 e em trino a Plutão natal (veja o mapa da UE), uma boa oportunidade para ganhar mais autonomia. Os europeus lidam novamente com um repique da pandemia e sofrem com a inflação e combustível para o inverno. Estão espremidos entre os americanos que querem sócios para o combate e de outro lado pelos chineses (manufaturados) e russos (óleo e gás).
China — A conjunção cai na casa 2 e em trino a Vênus e ao MC em Escorpião (veja o mapa da China), uma boa oportunidade para a retomada econômica, mas Saturno fará uma oposição a Marte/Plutão em Leão na casa 7 e provocações militares não estão descartadas, especialmente em Taiwan.
Outros países também serão afetados, mas ao longo do ano iremos detalhando.
Emoções e política
Alegria, tristeza, medo e raiva são essenciais para a vida, inclusive a dos animais. Cada uma delas tem muitas gradações e há várias combinações possíveis: alegria e raiva para os sádicos, tristeza e raiva para os deprimidos, por exemplo. Políticos, burocratas e jornalistas estimulam estas emoções de uma forma especial para obter obediência, submissão e inação.

O medo tem inúmeras gradações desde a leva preocupação até o pânico mais profundo. Tem a função vital de alertar sobre o perigo e evitá-lo. Muitas vezes o perigo é imaginário e o medo é disfuncional. A descoberta da variante ômicron na África do Sul gerou um pânico total com bolsas desabando e até o presidente de uma grande farmacêutica afirmando a necessidade de uma nova vacina para combater a variante, o que seria um grande negócio. E isto tudo sem sabermos nada sobre o grau de contágio e letalidade da cepa. O medo paralisa.
A tristeza nos alerta para a importância das relações duradouras e quão dolorosas podem ser as separações. Sem a tristeza nossas relações afetivas seriam transitórias e voláteis. Vai do ligeiro desânimo até a aceitação da morte como solução. A tristeza é explorada da forma mais abusiva possível especialmente nos telejornais, quando a privacidade de pessoas enlutadas é violada por um microfone e câmera. A tristeza pura é altamente paralisante.
A globalização trouxe para muitos a perda de emprego, renda, habitação, disponibilidade de educação e saúde. Tudo isto provocou raiva, ódio, indignação, amargura e ressentimento. Alguns políticos começaram a canalizar esta raiva contra o sistema político, Trump é um exemplo, prometeu restaurar empregos e felicidade e o que realizou de fato? Aumentou o orçamento militar e cortou impostos de empresas e dos ricos. A decepção dos eleitores foi enorme e o ressentimento aumentou. De quem é a culpa? Do Congresso, da legislação ou dos imigrantes, respostas tolas para que o circo continue.
A alegria vai do contentamento até a euforia, um reforço para a vontade de viver é canalizada para o consumo e competição esportiva e logo se esgota. Como o consumo está baseado em crédito, muito rapidamente a alegria dá lugar à preocupação e a na competição esportiva muitas vezes a alegria descamba em violência contra adversários.
As emoções circulam e formam correntes, é preciso estar atento para não ser arrastado. Quem se indigna com alguma coisa deve agir, do contrário ela se torna um veneno. E para completar a engenharia social doses de cinismo são cada vez mais frequentes por parte dos dirigentes.
A pandemia gerou problemas gigantescos e, mesmo assim, podemos ver um traço de misericórdia celestial atuando: a letalidade foi bem baixa, 3% de mortes sobre contagiados. E de fato talvez seja menor, pois a quantidade de testagem foi pequena. As doações de alimentos, remédios, dinheiro e tempo para cuidados foram essenciais. A atuação das equipes de saúde foi também uma expressão de misericórdia.

Boas Festas e que no ano que vem possamos procurar ouro na escória e difundir misericórdia.
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