Os pares que acabamos de passar em revista dão lugar a relações do mais alto interesse. Comparados dois a dois, colocam quatro arcanos em oposição conjugada. Formam as tétrades, algumas das quais merecem mais particularmente a nossa atenção.
Em cada tétrade, o primeiro arcano está para o segundo assim como o terceiro está para o quarto. O primeiro está, por outro lado, em relação ao terceiro tal como o segundo está para o quarto. Finalmente, o primeiro está para o quarto assim como o segundo está para o terceiro.
Para aprofundar o estudo do Tarot, é importante resolver a série de problemas e de equações que são colocados pelas tétrades. Existe aí um exercício intelectual do qual tirarão proveito principalmente aqueles que querem aplicar o Tarot à adivinhação.
Esse exercício ativa a imaginação e a prepara para apreender as relações entre as imagens que se justapõem. É impossível que o Tarot fale enquanto o adivinho não assimilar a linguagem dos símbolos. Estes não falam por si mesmos, sem serem solicitados; daí a necessidade de os interrogar com método. Nada é mais fecundo a esse respeito que a disciplina das tétrades aqui preconizada.
As indicações seguintes mostrarão como se pode obter, de um lado, a idéia sintética que liga os quatro arcanos entre si e, a seguir, a compreensão dos diferentes aspectos dessa mesma idéia oferecidos pelos arcanos um a um.
O princípio da inteligência individual
O espírito (a mente) em presença do mistério
O Princípio Espiritual, fonte do pensamento e da vida
A Luz criadora
A quádrupla fonte das convicções humanas
Diferentes aspectos da Verdade
A idéia em relação ao entendimento
Resultados da atividade humana
Aplicações da energia
O leitor fica convidado a não se deixar desanimar pela aridez esquemática das indicações que acabam de ser dadas. O programa traçado oferece à sua iniciativa pessoal um campo fecundo para explorar e aprofundar.
Para aprender a decifrar o Tarot é indispensável o exercício de comparar os arcanos, a fim de extrair tudo o que podem sugerir as múltiplas relações e contrastes. Um espírito meditativo saberá retirar de cada tétrade um amplo material para expressão simbólica. Mas cada um tem a obrigação de pensar por si mesmo, e nós não faríamos bem se déssemos tudo mastigado para os iniciantes preocupados em levar a sério o estudo do Tarot.