Cartas de jogar em estórias infantis? Sim, é isso mesmo!
Quem não leu Alice no País das Maravilhas? E, entre tantas loucuras que ali viveu, se deparou com a “Rainha de Copas” e seu Rei, além de ser julgada por um Tribunal de Cartas.
A Rainha que a todo momento dizia: “cortem a cabeça”, deixava Alice em pânico, porém, se sentia tranquila diante daquele Tribunal, dizendo a si mesma se tratar apenas de um baralho de cartas.

Na adaptação do filme feita por Tim Burton, todos os que assistiram vão se lembrar que, antes de Alice adentrar, ou melhor, cair na toca, estava sendo pressionada pela família e sociedade a se casar com alguém por eles escolhido. Então, o que representariam estas cartas?
Alice está aprendendo a conviver em um conjunto social de pessoas poderosas, representadas aqui pelas cartas em forma de Tribunal.
O autor fez essa adaptação em uma espécie de jogo que Alice não entende muito bem, mas consegue observar que ninguém alí segue qualquer regra.
Há o que pensar aqui…
E, sabemos também que no baralho comum, que a princípio serviriam para jogos de entretenimentos e azar, estão incluídas figuras da sociedade e família, bem como elementos indicativos, os naipes, das nossas emoções, lutas e disputas, valores materiais, saúde e etc… então, se torna bem sugestiva esta adaptação.
Será que “Alice no País das Maravilhas” é realmente uma estória meramente infantil?