Cuidados e Preparos para Jogar o Tarô

Posted by: Constantino K. Riemma

Na prática, vemos tarólogos e cartomantes dando importância a muitos detalhes que podemos acolher, mas que não precisamos tomar como leis ou dogmas. Vejamos alguns desses pontos, que cada um levará em conta, ou não, de acordo com seu temperamento e disposições. A sugestão é a de experimentarmos as alternativas e escolhermos as que correspondem melhor ao nosso feitio. Esses procedimentos constituem meros registros do que acontece na prática e não são dogmas ou ritos obrigatórios.

Toalha. Muitos guardam um pano próprio ou toalha especial sobre o qual abrem as cartas. Tecidos lisos e de cores escuras têm a vantagem de dar destaque às cartas, que são o centro do interesse. Se quizer utilizar uma toalha, que cada um faça a escolha como bem entender.

Embaralhar. Igualmente não existem regras absolutas. Muitos praticantes pedem que o cliente embaralhe as cartas para deixar sua vibração ou, em outros termos, para se que “fiquem donos” das cartas. Outros pedem simplesmente que o consulente pouse as mãos sobre as lâminas, para passar sua energia.

Existem ainda aqueles profissionais que embaralham as cartas cuidadosamente, eles próprios, e pedem apenas para o cliente cortar. A razão de tal procedimento em muitos casos nada tem de esotérico: é um simples recurso para que as cartas não se machuquem em mãos inábeis.

Corte. É muito comum que o conselheiro ou cartomante peça que o cliente “corte o maço”, ou seja, divida em dois ou três montes. Alguns recomendam que seja com a mão esquerda, outros com a direita. Sejam quais forem os procedimentos, pode ser interessante atribuir uma função para a carta de corte na leitura, por exemplo, para indicar o “cenário geral” da questão ou seu “pano de fundo” ou qualquer outra função definida pelo próprio operador.

Sorteio das cartas. Alguns praticantes pedem apenas que o cliente “corte” o maço e, eles próprios deitam as cartas que serão lidas durante a consulta. Outros fazem questão de que as cartas da tiragem sejam escolhidas pelo próprio cliente.

Cartas invertidas. É relativamente freqüente atribuir um sentido negativo às cartas que saem de cabeça para baixo. Para quem deseja levar isso em conta o embaralhamento deve ser feito rolando as cartas sobre a mesa, para garantir a alternância de posição. Além disso, uma mesma carta pode sair direita ou invertida dependendo de o praticante “abrir” a carta girando-a no eixo vertical ou horizontal. Por essa razão é indispensável que cada um defina seu próprio código pessoal, caso queira levar em conta o fato de a carta sair em pé ou de cabeça para baixo.

Muitos tarólogos preferem trabalhar com todas as cartas direitas, sem deixá-las invertidas. Desse modo, quando querem conhecer o lado difícil ou negativo de um assunto, simplesmente tiram uma carta específica para descrever tal aspecto.

Veja links para a técnica de cartas invertidas em: Técnicas mistas e Outros Estudos

Momento de abrir (ou virar) as cartas sorteadas. O usual é sortear ou escolher as cartas pelo verso, com os desenhos ocultos. Alguns sorteiam de uma só vez todas as cartas que utilizarão; outros preferem ir retirando uma a uma, tornando o desenho visível e fazendo os comentários pertinentes; só ao final, fazem uma síntese do conjunto.

Voltada para leitor. A maior parte dos praticantes arrumam as cartas viradas para si e não para o cliente. Na verdade, é o leitor que deve receber as impressões diretas do arranjo sobre o qual fará sua apreciação. Nada impede, é claro, quer numa situação de consulta profissional, quer numa prática terapêutica ou de estudo entre amigos, que as cartas sejam tocadas e examinadas de perto pelos envolvidos na consulta.

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