Física quântica e espiritualidade: alguns autores

Publicado por Rodrigo Araês Caldas Farias

Nota do Editor: A propósito do anúncio de um curso intitulado O Universo Quântico dois participantes de um grupo de discussão da CNA – Central Nacional de Astrologia, trocaram opiniões sobre o tema, em agosto de 2009.

Aqui transcrevemos o que disse Rodrigo Araês Caldas Farias, Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professor de “Probabilidade, Estatísca e Processos Estocásticos” e de “Laboratório Integrado” na USJT – Universidade São Judas Tadeu.

Veja também o comentário de Alexey Dodsworth Magnavita, astrólogo há mais de vinte anos, graduado em Filosofia, diretor técnico da Central Nacional de Astrologia, em seu artigo Física quântica e espiritualidade.

Acho que me interesso profundamente por esse assunto, mas não creio que exista curso imperdível.

O primeiro livro que li sobre a interface entre a Física e a Espiritualidade foi o de Jean E. Charon, O Espírito, este desconhecido, editado em português, em 1980, pela Melhoramentos. Charon, que me lembre, não entra em explicações quânticas; discípulo de Einstein prefere divagar pela teoria da relatividade a oito dimensões. É um livro pioneiro e um clássico, já que escrito por um físico-engenheiro.

Um outro texto que adotei no nosso grupo de estudos transdisciplinares da USJT, para explicações quânticas do espírito foi o de Amit Goswami, A Janela Visionária. Cheguei a escrever um artigo de crítica a um outro livro de Goswami, A Física da Alma, que foi pedido pelo editor da Ed. Aleph, para ser publicado na revista Último Andar, da PUC; o artigo foi solenemente ignorado, provavelmente por ruindade; a revista faliu, tornou-se virtual e não me deram nenhuma satisfação. Neste livro Goswami tenta encontrar uma prova da existência da alma, usando a física quântica. O livro é muito interessante, mas não me convenceu; e acho que nem o autor ficou convencido de suas explicações. Me lembra o livro do Hawking, Uma breve história do tempo, em que o que ele afirma no prólogo abandona no final do livro; com Goswami acontece coisa parecida.

Estou terminando de ler A Ciência e o Campo Akáshico – Uma Teoria Integral de Tudo, aconselho vivamente. Pode-se não concordar com todas as idéias do autor, como acontece com os livros de Wilber, mas pode-se admirar o esforço que ele faz para conciliar tudo. Estou no finalzinho e embasbacado pela capacidade mental e pelo nível espiritual de Erwin Laszlo, o autor.

Só espero que aquilo que os físicos consideram como abuso de interpretação sejam reconhecidos como verdade depois da comprovação. É uma classe, quando muito academicista, fortemente refratária a novidades, e muito xenófoba em relação à tradição oculta do conhecimento.

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