A palavra-chave deste estudo é o mistério. Lembrando que cada símbolo está relacionado a uma pergunta ou dúvida, ele tem o poderoso efeito de estimular nossa subjetividade, buscando interpretar os ícones que compõem uma carta ao oferecer pontes entre imagem e significado.
O estudo dos ícones está estreitamente conectado a essa dinâmica entre imagem + significado, compondo sua essência. A cola que relaciona essas duas coisas produz a faísca da compreensão. Assim surge a luz de como funciona essa tarefa de interpretar o Tarô, e o que esta interpretação oferece à pessoa que o estuda.
O lado agregador do Tarô, como uma plataforma aberta e receptiva ao passar dos séculos, permitiu a agregação de símbolos posteriores no decorrer de sua existência. Esse fato, ao lado do enriquecimento do conteúdo original, abre infinitas possibilidades de interpretação.
Encontramos noções e símbolos com significados profundos, como as tríades, o livro, a água, as armas, os hexágonos, as cruzes, o trono, os pés, as coroas, as flores, as espadas etc., assim, a ambiguidade, ou seja, o significado dual, positivo X negativo, pode ter interpretações opostas, dependendo da pergunta. Isso aponta para uma pluralidade de interpretações, e até mesmo contradições.
Estes estudos cuidadosos e detalhistas, às vezes inesperados, nos alertam para considerar os detalhes das figuras na busca do sentido que a revele melhor para responder a pergunta feita. Os estudos iconográficos, de forma geral, enriquecem a jornada em busca dos significados trazidos pelo Tarô.
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