O cantor Manu Chao, nascido em Paris em 1961 (de pai galego e mãe basca), que desapareceu renegando a fama, foi um campeão de vendas em nível mundial no final dos anos noventa, com discos como Clandestino (1998) e Próxima Estación, Esperanza (2001), que juntos despacharam quatro milhões de cópias.
Certamente não existe um músico nos últimos anos como ele, pois esse francês de ascendência espanhola, um pacifista que sempre aliou ativismo à música, foi capaz de dar as costas ao sistema quando poderia tirar tantas coisas dele. Todavia, Manu Chao prefere atuar em bares, apoiar causas minoritárias e dá canções de presente.
Pode-se dizer que Manu Chao é um artista diferenciado pois não se limita a compor e interpretar canções bonitas, também apoia iniciativas pacíficas e culturais dentro e fora do mundo latino
“Manu Chao não tem gravadora; não faz turnês como as dos artistas de sua categoria; tem ofertas para tocar nos melhores festivais do mundo, mas não quer; não se interessa por entrevistas; não lança discos; não aparece para receber prêmios; não tem celular.”
Tudo isso não o impede de estar fazendo coisas o tempo todo. Você pode encontrá-lo atuando num bar de bairro, sem avisar, ou camuflado com outro nome. Ou escutar suas novas canções em seu site. O artista foi apanhado pela “mano negra do coronavírus” enquanto fazia uma turnê pela Índia, Bangladesh, Sri Lanka, Filipinas, em salas pequenas e em formato acústico de trio. Assim sendo, nos primeiros meses de 2020 o coronavírus lhe devolveu a atualidade.
“Quando a coisa ficou feia, conseguiu chegar ao seu apartamento de Barcelona, de onde está gravando canções que publica em suas redes sociais com o nome de Coronarictus Smily Killer Sessions. Algumas são versões de canções dele (Otro Mundo), de outros, como Kiko Veneno (Echo de Menos), ou temas que aparentemente são novos (Mi Libertad)”.
Crédito: El País Brasil
Ouça uma das músicas do Projeto Coronarictus Smily Killer Sessions e delicie-se com a alegria e irreverência deste grande músico francês, que pode facilmente ser confundido com um “rapaz latino americano, sem dinheiro no bolso”…
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