Posted by: Jaime E. Cannes

Um homem por volta dos quarenta anos me procurou dizendo que se sentia inexplicavelmente triste, muito embora as coisas na sua vida andassem bem, e isso já fazia algum tempo. Consultamos então o tarot e a carta de 6 de Ouros apareceu mostrando que esta pessoa concedia um tempo razoável ao seu circulo imediato de envolvimentos práticos, como trabalho, família, etc.

Em seguida ele retirou A Lua, XVIII, revelando que muitas emoções desagradáveis, ou necessidadesafetivas e instintivas primárias, haviam sido ignoradas ao longo de sua vida, e que agora pediam passagem.

O 10 de Paus assinalava bem tal repressão: esse homem havia suprimido outras áreas de interesse para priorizar aquelas que considerava importantes e que nunca eram totalmente suas.

O 9 de Copas surgiu então dizendo que era hora de recuperar o seu prazer de viver, só para variar um pouco.

Recuperar a capacidade de relaxar profundamente e resgatar a sua libido eram a ordem do momento.

A síntese do jogo mostrava o 5 de Paus, ou seja, parece que os “malabarismos” que fazia no dia-a-dia, nada tinham a ver com ele.
Estava realmente farto e frustrado, mas como vivia com alto grau de repressão (10 de Paus), mal conseguia identificar, ou mesmo identificando, não protestava em voz alta.

Uma cliente veio a mim com o seguinte questionamento: queria saber se o bairro Bom Fim (um bairro comercial em Porto Alegre) era o lugar adequado para ela instalar o seu empreendimento, um antigo projeto. Ela dizia gostar muito do bairro.

Fiz um jogo de três cartas, na tese saiu 5 de Ouros. Opa! Algo não parecia muito bem. Disse a ela que esta carta parecia contrariar o que ela havia acabado de me dizer. O 5 de Ouros é uma carta que evoca sentimentos de menos valia, inferiorização e restrição aos próprios limites.

Complementado esta leitura estava o Valete de Paus ocupando a posição da antítese, revelando que não havia muita alegria ou espontaneidade nesta escolha. Após ouvir isso ela fez um movimento com a cabeça positivamente, dizendo que realmente gostava do bairro, mas não era ali que havia idealizado o seu negócio. Disse ainda que escolher o bairro foi mais uma questão de achar que era ele o mais adequado para ela, que era o que lhe cabia porque era o que ela podia pagar.

Na síntese do jogo surgiu A Imperatriz, dizendo que o bairro poderia ser um bom local para ela iniciar, mas que, o mais importante, era pensar naquilo que representava a sua satisfação integral, somente isso a tornaria capaz de expressar todo o seu talento criativo e garantiria êxito e prosperidade.

Uma cliente me procura muito preocupada porque os seus projetos de trabalho pareciam não mais “acontecer” e recentemente algumas pessoas com quem ela havia se aconselhado disseram que ela estava “abafada”, ou seja, enfeitiçada. Desde então ela passou a se sentir muito doente, tendo feito vários exames que não revelaram nada! Ela estava de fato muito apavorada, não conseguia identificar quem poderia a estar prejudicando tanto. Perguntou-me então o porquê isso estava acontecendo com ela e se havia algo para aprender com esta situação.

Usei o método Peladan e saíram as seguintes cartas:

Na situação: o 10 de Ouros convocando-a a assumir a sua vida como a co-criadora que ela é, assim como somos todos. Na oposição saiu o 9 de Ouros indicando que ela evidentemente não se sentia no comando, não conseguia incorporar o seu poder pessoal, nem confiava no seu próprio cabedal de conhecimento (ela era uma espiritualista) para lidar com a situação com discernimento.

No juiz, saiu o 3 de Copas apontava um caminho em que era fundamental voltar a confiar em si mesma e na vida. Neste momento ela diz ter sofrido de depressão nos últimos tempos. O 3 de Ouros revela-se na sentença dizendo que este era o caminho para ela retomar o caminho do crescimento e da sintonia com ela mesma.

Finalizando, na síntese da leitura, 6. Os Amantes indicaram que ela tinha uma personalidade muito influenciável, justamente por não estar centrada em si mesma e desconhecer o próprio potencial interior.

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