O Tarô Visconti Sforza

Publicado por Bete Torii

A casa Visconti Sforza, que governava Milão no século 15, encomendou alguns jogos de tarô a artistas da época. Como testemunho disso sobreviveram cartas de 16 baralhos diferentes, que estão entre os mais antigos já encontrados. O mais completo deles, com 74 cartas das 78 originais, é chamado Pierpont-Morgan porque 35 de suas cartas estão hoje na biblioteca-museu Pierpont Morgan, em Nova York. (As demais cartas estão em duas instituições na Itália). São editadas atualmente pelo menos duas versões desse tarô:

Visconti-Sforza Pierpont Morgan

Trata-se de uma reprodução do tarô original conservado nos museus, e mantém inclusive o mesmo tamanho (maior do que o das cartas de hoje) e o estado das cores e desenhos (já desgastados). As 4 cartas que faltavam no tarô original foram recriadas.

1

Cartas originais do Tarocchi Visconti-Sforza

As cartas não têm nome. Exceto por isso, o baralho tem todas as mesmas características (quanto aos naipes, figuras etc) dos tarôs “de Marselha”, que aliás se supõe terem sido baseados diretamente nos tarôs do norte da Itália.
As 4 cartas que faltavam no tarô original que chegou até nós, foram recriadas: o Diabo, a Torre, o Cavaleiro de Ouros e o Três de Espadas.

Tarô Visconti-Sforza (restaurado por A. A. Atanassov)

Trata-se de uma bela e fiel restauração do baralho original, que tenta apresentar as cartas como elas devem ter sido quando novas, inclusive com abundante uso de folhas de ouro. Parecem existir apenas duas modificações: o tamanho das cartas foi reduzido para o que se usa hoje, e as cartas ganharam nome – grafado em diferentes línguas na lateral esquerda.

1

Um dos raros pontos discutíveis dessa restauração de Atanassov é a reinvenção do
Diabo (carta inferior, à direita) num padrão iconográfico incoerente com o estilo original.

  • O Tarô Visconti-Sforza Pierpont Morgan é publicado pela US Games; impresso na Suíça
  • O Tarô Visconti-Sforza, restaurado por A.A.Atanassov, publicado por Lo Scarabeo, é impresso na Itália.

 

Contato com o autor:
Bete Torii – btorii@uol.com.br

Deixe um comentário