Trabalhar com as fantásticas e poderosíssimas Artes Divinatórias não significa apenas estudá-las, interpretá-las, ou mesmo amá-las; e eventualmente comercializá-las em troca de outros dons.
Todos que enveredamos por seus caminhos, nos damos conta do profundo poder intrínseco, da enorme e extraordinária magia que emana do seu entendimento.
E ainda que a plenitude de seu domínio não esteja ao alcance de todos nós, cada um vai encontrando as suas melhores faculdades, aliadas naturalmente ao seu desenvolvimento pessoal.
O conceito de Propósito começa, então, a se revestir de grande importância para que sejam preservados os princípios éticos tão necessários a quem lida com o Poder e que andam tão especialmente conturbados nos dias atuais.
É fato mais que sabido que, muitas vezes no correr da história, as civilizações que detinham tais conhecimentos nem sempre os aplicaram com sabedoria, com sentido ético, ou com a verdadeira noção de Propósito em ressonância com a Vontade Universal.
Nem sempre, porém, estabelecemos com clareza e para nós mesmos o nosso Propósito pessoal. Muitas vezes nos apoiamos numa vaga idéia de estarmos fazendo a coisa certa, mas não temos bem definido aquele inspirado ponto futuro que o nosso coração almeja em consonância com o grande poder gerenciador de tudo que há.
Assim eventualmente nos esquecemos do que estamos fazendo aqui e acabamos por ceder as nossas habilidades para entidades espúrias que freqüentemente nos acompanham à espera de uma brecha para tomarem conta do que é nosso e utilizarem em prol de benefícios por nós desconhecidos. Assim, não é raro vez por outra nos percebermos caminhando em despropósito.
Lidar tão profundamente com a vida das pessoas exige um pouco mais do que habilidade e conhecimento técnico. Exige conexão, consciência, intuição ativa, impecabilidade pessoal e um Propósito inflexível de fazermos parte do Todo e em nome desse Todo cumprirmos o nosso papel.
Através de Castaneda, Dom Juan de Matus nos legou a sabedoria impecável dos homens de conhecimento de sua linhagem, que mantinham acima de tudo a ligação com o Intento Universal.
Também pelo legado da antiga Civilização Maia, agora organizado e proposto por José Argüeles em seu Calendário das 13 Luas, vamos conhecer o módulo galáctico da Onda Encantada de 13 tons, ou vibrações cósmicas, cujas qualidades, pela ordem, nunca é demais ressaltar:
Propósito, Desafio, Serviço, Forma, Irradiação, Equilíbrio, Harmonia, Integridade, Intenção, Manifestação, Liberação, Cooperação e Presença ou Transcendência.
Tudo começa com um Propósito e sem um Propósito, nada terá aonde chegar.
E quem sabe estabelecer com clareza, individual e depois coletiva, um Propósito definido, não seja simplesmente relembrar uma antiga Consciência, já antes obtida e talvez perdida pelos meandros da vida bipolar?.
“Recordar é viver” dizia a alegre e bem humorada marchinha de Carnaval.
Talvez seja essa mesmo a verdadeira forma de nos reencontrar e nos reorganizar organicamente em torno de um Propósito Universal.
“Recordar é viver”, minha querida, meus queridos; “eu ontem sonhei com vocês…”
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