Origem Cigana
do Tarô
Hipótese muito difundida no Brasil, porém discutível do ponto de vista histórico, é a que associa a origem das cartas de ler a sorte aos ciganos provenientes do Hindustão.
Os registros disponíveis indicam que apenas no começo do séc. XV esse povo começou a entrar na Europa. Sabe-se que em 1417, um bando de ciganos chegou às proximidades de Hamburgo, na Alemanha; outros relatos situam os ciganos em Roma, no ano de 1422, e em Barcelona e Paris, em 1427. Há, porém, claras evidências de que os grupos ciganos só estenderam suas peregrinações para o interior da Europa depois que as cartas já eram conhecidas ali há algum tempo.
Povo nômade, recorria aos mais variados recursos e talentos para sobreviver. As mulheres particularmente utilizavam as artes mânticas para “ler a sorte” dos habitantes das comunidades que visitavam. Nessa área, a técnica tradicional mais importante parece ter sido a quiromancia (orientação e predição do futuro segundo as linhas e sinais das mãos) e, bem mais tarde, a cartomancia (utilização dos baralhos impressos na Europa). É esse um dos motivos pelos quais os ciganos ficam intimamente associados às cartas.
Embora afastados da tradição escrita e da arte de impressão das cartas os ciganos tiveram um grande papel na circulação e na difusão da cartomancia.
O Clube do Tarô reuniu informações sobre a cultura do povo cigano e sua experiência tradicional com a cartomancia:
- Ciganos, os intocáveis: informações históricas sobre esse povo nômade (Conhecer).
- A cultura cigana: Sarani Barrios, cigana de origem Dohm, relata suas experiências de vida em comunidade. O texto reune entrevista dada para Bete Torii e exemplos durante os cursos de tarô.
- Pinturas e gravuras: Galeria de arte sobre ciganos.
- A prática cigana na cartomancia: Registros dos cursos ministrados por Sarani Barrios sobre a utilização dos arcanos maiores de acordo com a experiência viva do povo cigano.
- Os falsos ciganos e sua propaganda: É o tema que Abelard Gregorian discute em seu artigo “Fantasias cartomânticas e tarológicas“, aberto aos comentários.
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