Origem Egípcia
do Tarô
Origem egípcia do Tarô?
A hipótese da origem egípcia do Tarô foi aventada por Court de Gebelin em sua obra, Le Monde Primitif analysé et comparé avec le monde moderne, publicada a partir de 1775.
Gebelin foi um apaixonado estudioso da mitologia antiga e estabeleceu inúmeras correlações entre os ensinamentos tradicionais e as cartas do tarô que, segundo ele, seriam alegorias representadas em antigos hieróglifos egípcios.

(1725-1784)
Um ponto, no entanto, não pode ser esquecido: embora existam necessariamente similaridades entre as linguagens simbólicas mais consistentes, isso não quer dizer que tenha existido influência direta de uma sobre a outra.
O significado das correspondências entre linguagens simbólicas constitui um tema delicado. Nem sempre é possível chegar a uma conclusão, pois similaridades e correspondências não querem dizer, necessariamente, que tenha havido cópia ou simples adaptação de uma cultura nacional para outra.
A favor da correção intelectual de Court de Gebelin, é importante lembrar que as cartas utilizadas por ele continuaram a ser as do Tarô clássico. Ele não falsificou nem inventou um “baralho egípcio” para justificar suas hipóteses. Sómente após a publicação de seus estudos é que começaram a aparecer baralhos desenhados com os motivos egípcios, sem maiores compromissos com a história comprovável desse desafiador jogo de cartas.

Reprodução das cartas 17-Estrela, 18-Lua e 19-Sol, que acompanharam
o famoso trabalho de Court de Gebelin, publicado em 1781.
Ele próprio não redesenhou o Tarô com motivos egipcios…
Seja como for, é com Gebelin que se inicia a divulgação de textos e de estudos que assinalam um sentido mais alto para o Tarô, como uma linguagem simbólica, como um meio de transmissão dos conhecimentos esotéricos, espirituais, que vai muito além de sua utilização como jogo de baralho.
Conheça mais detalhes sobre os baralhos inspirados na iconografia egípcia no texto Os Baralhos Deominados Egípicios.
Um bom artigo sobre Gebelin e seu papel na valorização esotérica e simbólica do tarô, foi elababorado por James W. Revak e traduzido por Alesander Lepletier, leia o texto Antoine Court de Gébelin: pai do tarô esotérico moderno.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.