Hipóteses sobre a origem
do Tarô
Hipoteses e paralelos sobre a origem das cartas
A origem do Tarô continua em questão e são muitas as teorias propostas. Na verdade, porém, nada existe de idêntico em outras culturas, pintado ou impresso em cartões, que pudesse ter estabelecido um modelo direto para o jogo de 78 cartas que vem à luz, na Europa, no final do séc. 14. E os desenhos mais antigos de cartas que chegaram até nós são coerentes com a iconografia cristã dessa época. Se essa afirmação vale em particular para os 22 arcanos maiores, não cabe inteiramente para o conjunto das 56 ou 52 cartas do baralho sarraceno, já mencionado no séc. 14.
Apesar desses desses dois indícios mais próximos cabe investigar a possível influência de outras culturas desse período histórico e, igualmente, o material resgatado de civilizações anteriores.
Alguns estudiosos mostram as analogias entre o Tarô e o antigo jogo indiano do Chaturanga, ou jogo dos Quatro Reis, que correspondem aos quatro naipes das cartas de jogar. A quadruplicidade, no entanto, é a representação de uma realidade universal que transcende os dois jogos em questão.
O Chaturanga, que data do séc. V ou VI, antecessor do moderno jogo de xadrez, originalmente tinha o Rei, o General (a Rainha moderna), seu Cavaleiro e os peões ou soldados comuns.
Não há, porém, indicações consistentes de como poderia ter ocorrido um caminho entre esse jogo e o Tarô.
Hipóteses sobre a Origem do Tarô
As lendas e o imaginário sobre o baralho
No espaço pluralista e inventivo em que o tarô se manifesta, hipóteses, lendas e fantasias têm surgido nos últimos dois séculos. As diferentes e muitas vezes antagônicas versões traduzem claramente o intuito de valorizar e de dar peso e transcendência ao jogo de cartas.